quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Soneto à amada adormecida

Colcha, lençóis, pele nua á luz do luar
Deitada, olhos cerrados, sorriso perdido em algum sonho bom
Examino teu corpo, pés, coxas, seios e lábios
Não sei se me junto, ou apenas admiro, criação mais bela, natureza sem par

Sinto no corpo o calor dos amantes, calor noturno, brasa da paixão
Vontade de encontrar tuas curvas, perder meu juízo, morder teus quadris
Mas não ouso, não quebro teu ritual
Tenho medo de que percas teu sonho, desmanche teu sorriso, não, não

Obra maior do poeta, em seu leito, rainha
Voando longe, mirando o infinito, sem sair do chão
Será que sonhas comigo, tão bela, tão calma
Não me canso de sonhar contigo, dama, devassa, minha

E então acordas, espreguiças teu corpo em flor
Pele rosada, macia, perfume de mulher
Colo no teu corpo, sinto teu calor
Te dou meu melhor beijo, acaricio teus cabelos, é hora do amor