quinta-feira, 24 de junho de 2010

Se minha vida fosse um blues...

E se a minha vida fosse um blues? Como seria essa canção?
Olhei para meu violão... Coitado do meu violão, já há dias que o mesmo não recebe o afago preciso de meus dedos, há dias que não sinto seu pulsar intenso sobre meu colo, tal qual um animal que brada sons hora doces como a luz da lua, hora pesados e densos como uma garrafa de um bom vinho.
Se meu violão fosse uma dama, tal qual dizia o grande mestre Vinícius, já teria esmiuçado minha vida, perguntando porque prefiro mais um instrumento que não produz som nenhum além de tlecs e mais tlecs, pois nesses últimos dias esse instrumento se tornou uma rotina quase diária.
Se meu violão fosse uma dama eu estaria enlouquecido, pois tal qual uma dama ele jogaria todo seu charme e candura em cima de meus pensamentos, trazendo um louco desatino e do alto de seu salto, com a cara deliciosamente lambusada de toda sorte de maquiagens, cremes e perfumes faria aquela pergunta que nos deixa sem norte: "Ou ele ou eu"!
Se meu violão fosse uma dama, entenderia todos os meus pontos fortes e fracos, e traria a inspiração para compor o meu blues, um blues de tamanha grandeza que me faria sentir como se eu fosse o único, um ser magnânimo dotado de toda a força do universo, pois esse talvez seja o segredo que nos faz amá-las sem nunca odiá-las!
Se minha vida fosse um blues, e meu violão fosse uma dama eu não desejaria ser nada, talvez uma mera corda, para me entrelaçar no corpo de minha amada e junto com ela produzir a nota musical mais perfeita, a sinfonia mais doce e a melodia mais pura, para assim poder cerrar os olhos sorrindo para o céu e dizer: "Eu tive um amor"!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sobre amores, política e roupas coloridas.

Estava procurando uma epígrafe para meu TCC. Vasculhei ulguns sites que traziam frases de célebres autores, tais quais Vinícius de Moraes (meu favorito), Millôr Fernandes, Einstein e outros gênios da raça, e algo neles me chamou a atenção, pois apesar das diferentes áreas de atuação, diferentes maneiras de pensar e viver todos eles tinham pelo menos uma frase em relação ao amor.
Não necessariamente uma frase poética, enamorada ou carregada daquele sentimentalismo boêmio que os gênios costumam ter, mas sempre alguém falava sobre esse sentimento, vezes complexo, vezes complexado.
Não sou um bom expoente para falar sobre isso, talvez até já tenha escrito sobre isso no blog, mas é sempre interessante falar de assuntos dessa magnitude.
Para mim, amor não é algo que já vem pré-formatado, é algo que se aprende e se desenvolve com o tempo e o convívio.
É claro que existem aqueles casos de paixões arrebatadoras, que deixam geralmente apenas um dos dois inebriadamente apaixonado pela outra pessoa, a nível de cometer loucuras, ou escrever poemas. Ou criar uma dupla sertaneja e virar alcoólatra;
Enfim, talvez seja por essa vontade louca que materializar o metafisico que acabamos por ser ruins tanto nas coisas materiais quanto nas metafísicas.
Copa do mundo está batendo na nossa porta mais uma vez. Não acho ruim, pois sou um fã de bom futebol, o problema é que no Brasil tudo é hipervalorizado.
Se criam quase que feriados nacionais nos dias dos jogos, se o Brasil vence acontece quase que uma orgia pública, como se cada jogo fosse uma guerra ou uma eleição. O grande problema é que com a mercantilização do futebol hoje em dia as seleções se preocupam mais em mostrar a marca do patrocinador do que representar a pátria, e convenhamos, vencer uma copa do mundo não muda a vida de ninguém.
E se ao invés de pararmos o país para ver um jogo o parássemos para assistir uma sessão do senado por exemplo? É óbvio que pela falta de cultura do povo (e a culpa não é somente dele) isso serisa quase que uma tortura mas garanto que iríamos viver em outra civilização!
Não me preocupo com os "coloridos", apenas gostaria que eles não se intitulassem roqueiros, não votassem e fossem estéreis!