quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sobre medo e egoísmo

Segundo a wikipedia, medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente.
Todos nós sentimos medos, e na verdade acabamos por nos tornar escravos desse "defeito" em nosso cébreo/cultura.
Algumas pessoas sentem medo de coisas em especial, tal qual altura, oceano, sapos, aranhas entre outros. Esses medos geralmente são resultado de algum tipo de experiência que não criou boas lembranças em nossa memória, portanto na verdade muitas vezes não sentimos medo do objeto em si mas sim de que certa situação envolvendo esse objeto ocorra novamente, porém nós humanos temos alguns medos em comum.
Creio que uma boa parte da população sinta medo da morte, não só da morte como do que virá após ela, pergunta essa que de tamanha estupidez acaba sendo pertinente.
Pensar no que virá após a morte é algo impossível, devido ao fato de que a mente humana não consegue imaginar nada que ultrapasse ela mesma, ou seja, não podemos imaginar algo que vai além da nossa conciência/realidade/capacidade, portanto toda e qualquer tentativa de compreender a morte e seus poréns será fadada ao fracasso e não trará nenhuma informação a qual possamos confiar!
Algumas pessoas entendem isso e entendem que a partir do momento que antigimos os pontos mais fracos do ser humano o mesmo se torna um ser manipulável e escravo de qualquer crebça que faça com que sua angústia e dúvida sejam aliviadas, ou alguém tem dúvida de que esse é o motivo do sucesso de tantas novas igrejas e também um dos motivos pelos quais psicólogos, psicanalistas e adjacências viraram profissões que estão sempre em xeque?
Padres, pastores, psicólogos e terapeutas nada mais são do que pessoas que entendem a falibilidade do ser humano e apenas fazem com que de um modo muito sorrateiro você se torne uma pessoa mais alienada e acredite em qualquer coisa que os mesmos lhe apresentarem.
E se nós parássemos de pensar no nosso futuro e tentássemos nos concentrar no presente? Creio que enxergaríamos crianças, adultos, animais que também adorariam poder pensar no que viria após a morte, porém a morte chegou cedo demais á eles devido á falta de dinheiro, alimento, moradia, saneamento, fazendo com que eles experimentassem a mesa fria dos necrotérios antes de poderem formular alguma idéia.
É estupidez demais da nossa parte sofrer por algo que não podemos nem imaginar, do mesmo modo que é egoísmo demais pensar no nosso fim sabendo que enquanto eu escrevia esse texto várias criançãs morreram de fome e febre amarela na África, devido apenas ao fato de que nós homens brancos estupramos seu continente e os deixamos numa miséria absurda.
Antes de iniciar um tratamento com um psicólogo ou doar o seu dízimo para alguém pense no quanto você está sendo estúpido, e pense também que esse dinheiro seria muito mais útil nas mãos de quem realmente necessita.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Novas idéias, novas pessoas.

Há um bom tempo não escrevo tortas linhas neste que surgiu com a idéia de divulgar idéias explosivas queiriam revolucionar toda a humanidade e acabou por virar um relicário de doces lembranças.
Muitas coisas aconteceram nesse hiato temporal, porém não lembro de todas e algumas faço questão de guardar para mim apenas e mais ninguém, mas deixarei de prés e irei para os durantes.
Fui á um congresso em Porto Alegre, o qual me rendeu histórias o bastante para encher esse blog de posts durante um bom espaço de tempo, mas vou tentar comentar apenas um fato, fato esse que considero o mais relevante dessa minha jornada no condado dos tchês!
Dizia o poeta, que uma pessoa nunca se banha duas vezes no mesmo rio, pois ou o rio não é mais o mesmo ou a pessoa não é mais a mesma, eu provei isso de modo mais prático!
Talvez o acúmulo de 3 ressacas consecutivas, ou o fato de eu ter vivido ótimos dias de riso, conteúdo e amizade sincera me fizeram mudar o modo com o qual eu via o mundo, fazendo com que minha personalidade se transmutasse, e tenho sentido o resultado disso nesses dias subsequentes à viagem.
Me diário de bordo vai começando aos poucos a ser preenchido com novas histórias, pois novos homens exigem uma nova realidade para uma nova era!

sábado, 10 de julho de 2010

Fui, vi e venci!

Acabei de chegar em casa, estávamos eu e meu time titular (sem a centro-avante Jaque que por motivos ainda não explicados nos deixou desfalcados) zanzando por essa cidade interiorana, como diria Paulão "de bar em bar pela noite / atrás de cerveja e mulher (exclua a thábata dessa segunda estrofe)"!
Essa semana foi especial, consegui terminar meus 5 anos de calvário e enfim já posso me considerar um formado, porém desde ontem uma idagação me tomou a cabeça e está produzindo pensamentos complexos e temerosos, essa indagação é muito simples, tão simples que me causa medo, "e agora?"!
E agora Diogo, o que você fará de seu futuro?
Futuro, esta é uma palavra que sempre me traz um sentimento de insegurança animal, talvez seja um pouco de exagero de minha parte, mas pensar no que virá é algo que além de impossível é um ato totalmente paranóico!
Me sinto como um soldado paraquedista que está prestes à fazer o seu primeiro salto sozinho.
Ele sabe o que fazer, sabe todos os procedimentos e a sequência dos mesmos para executar um salto perfeito e continuar vivo, mas falta nele algo que a teoria não define nem explica.
E se o pára-quedas não abrir?
E se na hora do salto a descarga de adrenalina o fizer esquecer os procedimentos?
Nós somos animais muito mal domesticados. Nós aprendemos a não agir por nossos instintos, sempre dependendo de um objeto exterior, seja esse um livro, um computador, uma pessoa ou uma garrafa de uísque.
Gabriel - O pensador - em seu álbum "quase um vício" escreveu uma música chamada "tem alguém aí?", música essa que traz a seguinte frase em uma de suas estrofes: "Ninguém prepara o jovem, nem os pais nem a tv, pra botar o pé na estrada e não se perder / Ninguém prepara o jovem pra saber o que fazer, quando bater na porta e ninguém atender/"!
Eu estou prestes a pular, e se me conheço bem tenho certeza que não vou prestar atenção nas intruções, muito menos me esforçar em lembrar os protocolos, e por isso tenho grandes chances de me espatifar no chão antes mesmo de lembrar qual corda deveria puxar, mas é meu instinto, por mais que eu tente moldar isso esse isso sou eu!
Encerrei um ciclo, são 5 anos de uma rotina estressante, porém deliciosamente divertida, espero poder contar com os meus bons e velhos amigos para assistirem meu salto de cima de uma nave ultrapassando a barreira do som, porém, se algo faltar em mim, peço que no meu velório coloquem uma garrafa de Heineken dentro do meu caixão... E que toquem "Paradise City" no meu enterro!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Se minha vida fosse um blues...

E se a minha vida fosse um blues? Como seria essa canção?
Olhei para meu violão... Coitado do meu violão, já há dias que o mesmo não recebe o afago preciso de meus dedos, há dias que não sinto seu pulsar intenso sobre meu colo, tal qual um animal que brada sons hora doces como a luz da lua, hora pesados e densos como uma garrafa de um bom vinho.
Se meu violão fosse uma dama, tal qual dizia o grande mestre Vinícius, já teria esmiuçado minha vida, perguntando porque prefiro mais um instrumento que não produz som nenhum além de tlecs e mais tlecs, pois nesses últimos dias esse instrumento se tornou uma rotina quase diária.
Se meu violão fosse uma dama eu estaria enlouquecido, pois tal qual uma dama ele jogaria todo seu charme e candura em cima de meus pensamentos, trazendo um louco desatino e do alto de seu salto, com a cara deliciosamente lambusada de toda sorte de maquiagens, cremes e perfumes faria aquela pergunta que nos deixa sem norte: "Ou ele ou eu"!
Se meu violão fosse uma dama, entenderia todos os meus pontos fortes e fracos, e traria a inspiração para compor o meu blues, um blues de tamanha grandeza que me faria sentir como se eu fosse o único, um ser magnânimo dotado de toda a força do universo, pois esse talvez seja o segredo que nos faz amá-las sem nunca odiá-las!
Se minha vida fosse um blues, e meu violão fosse uma dama eu não desejaria ser nada, talvez uma mera corda, para me entrelaçar no corpo de minha amada e junto com ela produzir a nota musical mais perfeita, a sinfonia mais doce e a melodia mais pura, para assim poder cerrar os olhos sorrindo para o céu e dizer: "Eu tive um amor"!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sobre amores, política e roupas coloridas.

Estava procurando uma epígrafe para meu TCC. Vasculhei ulguns sites que traziam frases de célebres autores, tais quais Vinícius de Moraes (meu favorito), Millôr Fernandes, Einstein e outros gênios da raça, e algo neles me chamou a atenção, pois apesar das diferentes áreas de atuação, diferentes maneiras de pensar e viver todos eles tinham pelo menos uma frase em relação ao amor.
Não necessariamente uma frase poética, enamorada ou carregada daquele sentimentalismo boêmio que os gênios costumam ter, mas sempre alguém falava sobre esse sentimento, vezes complexo, vezes complexado.
Não sou um bom expoente para falar sobre isso, talvez até já tenha escrito sobre isso no blog, mas é sempre interessante falar de assuntos dessa magnitude.
Para mim, amor não é algo que já vem pré-formatado, é algo que se aprende e se desenvolve com o tempo e o convívio.
É claro que existem aqueles casos de paixões arrebatadoras, que deixam geralmente apenas um dos dois inebriadamente apaixonado pela outra pessoa, a nível de cometer loucuras, ou escrever poemas. Ou criar uma dupla sertaneja e virar alcoólatra;
Enfim, talvez seja por essa vontade louca que materializar o metafisico que acabamos por ser ruins tanto nas coisas materiais quanto nas metafísicas.
Copa do mundo está batendo na nossa porta mais uma vez. Não acho ruim, pois sou um fã de bom futebol, o problema é que no Brasil tudo é hipervalorizado.
Se criam quase que feriados nacionais nos dias dos jogos, se o Brasil vence acontece quase que uma orgia pública, como se cada jogo fosse uma guerra ou uma eleição. O grande problema é que com a mercantilização do futebol hoje em dia as seleções se preocupam mais em mostrar a marca do patrocinador do que representar a pátria, e convenhamos, vencer uma copa do mundo não muda a vida de ninguém.
E se ao invés de pararmos o país para ver um jogo o parássemos para assistir uma sessão do senado por exemplo? É óbvio que pela falta de cultura do povo (e a culpa não é somente dele) isso serisa quase que uma tortura mas garanto que iríamos viver em outra civilização!
Não me preocupo com os "coloridos", apenas gostaria que eles não se intitulassem roqueiros, não votassem e fossem estéreis!

domingo, 30 de maio de 2010

Faz tanto tempo que não escrevo no blog que já havia esquecido minha senha, mas como todo bom homem tenho boas desculpas para isso, só que como ninguém está dando a mínima para isso não vou gastar meu tempo transcrevendo-as.
Tenho passado por dias um tanto quanto turbulentos. Faculdade entrando na reta finalíssima, com o TCC bombando em minha cabeça e em minhas noites de sono.
Eu sobreviverei, minha vontade (apesar de a preguiça ser quase igual ou maior á ela) de terminar logo esse "consórcio sem prêmio" é tamanha que já estou queimando algumas noites de sono em prol dessa causa, e dormir um pouco menos não mata ninguém.
Estou com fortes saudades de sair com meus amigos e voltar no crepúsculo de um novo dia, coisa que não tenho feito há algumas semanas, talvez esse seja o motivo maior de eu não ter vontade nem inspiração para escrever. A vida sem noite não tem muita graça, acaba sendo cansativa e repetitiva, talvez seja esse o segredo dos poetas, boêmios e artistas.
Estou lendo um autor chamado "Charles Bukowski", muito divertido por sinal, apesar de falar basicamente em álcool, álcool, mulheres e o que a soma dos 3 ítens anteriores acabam trazendo pra vida de alguém. Uma leitura um tanto quanto vazia, mas que distrai um pouco.
Não gosto de escrever textos falando sobre coisas sem graça, mas por enquanto isso é um resumo do turbilhão no qual estou flutuando, em breve volto a escrever textos inúteis novamente.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Terra, planeta web!

Cidadão de todos os metaversos, uni-vos!
Essa frase parece ser algo futurista ou até mesmo insano, e há alguns anos realmente era.
Apesar de pesquisas revelarem que 3/4 do mundo ainda não tem acesso a internet, seja ela banda larga, sem fio ou celular, a força da internet como meio de exercer (ou não) seu papel como cidadão está crescendo vertiginosamente.
Num mundo onde somos tratados tal qual gado em um rebanho, as redes sociais e a web de um modo geral dão aos seus usuário a chance de conseguir expor idéias, opiniões e sentimentos sobre quase tudo, e o melhor, dá oportunidade de gritar e ser ouvido, algo que hoje em dia é bem complexo.
Cada vez mais o que acontece na web interfere no mundo real, e tal qual no mundo real essas coisas podem ser ou não produtivas.
A web te transforma em cidadão do mundo, pois eu não posso me deslocar até a África e doar meu tempo e dinheiro para diminuir a fome nesse continente, mas posso sim participar de alguns eventos e promoções na web que refletem em dinheiro e ajudas humanitárias com este fim.
Este texto é um teste, por isso é curto e rápido.

domingo, 18 de abril de 2010

Memórias de um boêmio de milícias...

Sexta-feira! Santa sexta-feira! Oh, vou ter que trabalhar no sábado... Mas mesmo assim, sextas-feiras têm um clima diferente. Até a lua se faz mais bonita para iluminar e embelezar a noite dos que assim como eu também gostam de aproveitar a noite fora da cama (ou nela também).
Acordo com a mesma melancolia dos homens que acordam sozinhos, tomo um banho rápido, escovo os dentes, tomo meu mini-café matinal e... porra, estou atrasado mais uma vez!
Vou pro trabalho sem pensar em muitas coisas no caminho, gosto de esvaziar a mente pra me concentrar melhor no trabalho, pena que isso é praticamente impossível!
Sem mais delongas chega a noite. Sexta-feira não tenho aula, mas me desloco até a unesc pois haverá um churrasco da turma no bar que se situa na frente da mesma. Bora pro bar!
Chegando na universidade decido comer algo antes de ir pro "sagrado bloco amarelo", para essa missão tenho o prazer de ter como companhia o guilherme e a ká.
Lanche rápido, guilherme vai pra aula e nós vamos pra festa, minha sede aumentava intensamente.
Esperamos os guris chegarem com a carne e os outros apetrechos pro churasco... Esperamos 1 hora, 2 ,3, quer saber, juntamos uma grana com a que já havíamos arrecadado e descemos Heineken.
Foi muita cerveja, voltamos eu e o Alexandre já trocando as pernas pro ônibus, precisamos voltar pras Araras...
Chegando em Araranguá ainda arrumamos espaço pra mais uma garrafa. Papo de bêbado no caminho de casa, algumas considerações finais e a idéia de que amanhã a festa continuaria.
Acordo com meu estômago mais uma vez brigando comigo, levemente tonto e com uma vontade insana de ir ao banheiro. Eita vida boa!
Manhã de trabalho normal, volto pra casa pra me arrumar e rumar pros confins do inferno (ou interior, como queiram), hoje é dia de festival.
No caminho vou de carona com uma garota a qual se mostrou muito simpática e fã inveterada de Janis Joplin. Uma bela morena, e o melhor, cervejeira!
Chegamos em nosso destino, lugar esse o qual passei minha infância nas intermináveis visitas á minha querida "nona". A cachoeira, a igreja na qual fui batizado... O tempo no interior passa de modo especial, sem maltratar nem machucar as coisas.
Assisto alguns shows, chega a madrugada e o sono e o cansaço vêm me atacar de modo grosseiro.
Seguro as pontas, tento não dormir em pé pois queria ver uma banda cover do Metallica, pois é, queria!
A noite foi ótima, bons shows, meninas tentando me fazer pular, trombadas com pessoas fortes e fracas, Rock'n'roll e muitos amigos os quais me fazem rir e me sentir bem quisto.
Esse final de semana gerou muitas boas lembranças, não vou colocá-las todas em um texto pois prefiro saborear cara uma de um modo especial.
Urinar na frente de uma cachoeira é algo... surreal!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Torturas modernas

É incrível a capacidade que os seres humanos têm de criarem meios para se atingir os mais diversos objetivos.
Por mais que divaguemos sobre a inteligência vencendo a força sempre haverá alguém que usará de métodos "politicamente incorretos" para obter algo que deseja de alguém, seja esse alguém homem, animal, máquina...
Os métodos de tortura evoluíram junto com o homem e sua necessidade de vingança, evoluíram tanto que já estão legalizados, e o pior, existe faculdade e profissão para isso!
Os carrascos já não usam mais sua "fatiota" fúnebre, aquela preta com gorro e adjacências, nossos carrascos modernos usam jaleco branco, luvas e máscara, e o pior, executam sua tortura com um sorriso nos lábios e uma promessa de "não vai doer nada"!
As máquinas de tortura foram evoluindo também, evoluíram tanto que agora oferecem tortura física(com usa ponta em forma de broca) e psicológica(com seu zunido que deve ser indubitávelmente a sinfonia do fim dos tempos).
As sessões de tortura deixaram de ser executadas em porões escuros e habitados por insetos e outras pestes urbanas, agora são executadas em salas brancas e limpas tal qual uma aura de um recém nascido.
Forração para aliviar o som dos gritos dos torturados? Não é mais necessária, utiliza-se alguns tufos generosos de algodão e a mão amiga de um ajudante, que ao mesmo tempo que lhe enche a boca dos tais materiais "despropagadores" de som te pergunta como foi o final de semana e o que está acontecendo com o computador que "não entra mais no msn"!
Ser torturado é algo ruim, ser torturado sem ter feito nada errado é desumano, mas ser torturado sem ter motivos e ter que pagar pela tortura é algo cabível apenas para nossa sociedade moderna, a sociedade dos torturadores bonzinhos!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Blá, blá, blá...

Acordei! Hoje é feriado, um feriado que na verdade não deveriaq ser feriado por ser um dia santo católico (muçulmano também, algo que prova pelo menos em parte aquela teoria que a bíblia é uma cópia do alcorão), mas como moramos no maior país católico do mundo esse dia se tornou feriado.
Sexta-feira santa, isso soa quase como redundância em meus ouvidos, haja vista que toda sexta pra mim é "santa":início do final de semana, último dia útil da semana, não tenho aula e é uma que traz uma sede desumana.
Hoje é um dia quase mitológico na minha família, devido ao fato de meus pais serem católicos (minha mãe é a mais) sexta-feira santa é um dia sagrado em minha casa. Só os afazeres mais importantes são executados, costumávamos fazer alguma caminhada como forma de penitência, meu pai não abria o mercado, enfim, era um dia diferente.
Hoje ainda ele se mantém diferente, mas não nas mesmas proporções.
Acordei já perto do meio-dia (costume de dias não-úteis), sentei-me na mesa pra comer algo e verificar como estava o clima.
Meus pais já haviam ido a uma missa de confissão, eu recém acordara e estava com meu típico mau humor.
O dia se passou rápido e parado, nenhum evento divertido, o filme da sessão da tarde falava da vida de jesus, todos os outros canais também só falavam disso, enfim, tédio animal e total!
A noite fui pra "procissão do Deus morto (helleluyah)", um evento que ocorre todo ano e que esse ano foi mais legal por ser rápido e silencioso.
Esses eventos da igreja sempre me trazem uma dúvida:será que é melhor se libertar das amarras da religião e abdicar de toda a "segurança" que ela traz para a sociedade ou é melhor continuar amarrado á algo que diminui nossa condição de ser racional e mandatário do destino?
Se alguém souber a resposta me avise, mas não me avise muito cedo pois poderei estar dormindo!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ao sol, com carinho...

Tu que és o astro rei
Aurora de amores que emana calor
Das retinas noturnas, teu jugo é veneno
Das almas da noite tu tiras o fervor

Teu calor insano que banha nossos corpos
Reveste nossa alma e esboça alguma vida
Da candura da lua tu és o oposto
Entortas as sombras das idas e vindas

Tu que queimas a terra do sertanejo isolado
Transformando planícies em vastos areais
Deixando os caboclos de fome e sede loucos
Criando imagens de todas irreais

Não vejo em tuas cores o brilho das estrelas
Não emanas em meu corpo a doçura morena
Maior que a lua que teu calor amena
Preciso mais dela de que tua alma crua

Trazes a amargura do homem rejeitado
Não te encontras com o astro de estrelas adornado
Morres esbravejando tua fúria intensa
Quisera eu ter a lua sempre ao meu lado.

sábado, 6 de março de 2010

Regras Básicas para a sobrevivência no trânsito de Araranguá

Após algumas saídas para o centro e outras áreas da cidade das avenidas resolvi criar um manual para sobreviver ao trânsito dessa cidade.
Araranguá (tal qual o Brasul todo) têm uma frota de veículos muito acima da sua capacidade, o que torna uma ida ao centro da cidade, po exemplo, uma verdadeira aventura nas selvas (You're in the jungle baby, and you're gonna die!)

1 - Não importa onde você está, sempre haverá um motoqueiro querendo te ultrapassar!
2 - Motoqueiros surgem do nada e somem do nada também!
3 - Não importa a largura do seu carro, um motoqueiro vai passar pelo lado dele!
4 - Pedestres sempre têm a preferência, não importa onde nem quando!
5 - Se um pedestre está perto da faixa ele vai esperar que você freie o carro (mesmo que seja depois de o atropelar)
6 - Buzinas servem pra tudo, menos para as horas necessárias!
7 - A tecnologia do projeto Manhatan na verdade foi aplicada no Ford Ka (eles aparecem do nada, e quase sempre na tua frente)!
8 - Terceira marcha no centro é algo que nem Chuck Norris consegue!
9 - O cara que está na sua frente sempre vai parar para estacionar, mesmo que esteja na avenida principal!
10 - O carro na sua frente sempre vai freiar de forma brusca, isso é lei!
11 - O radar só vai estar estragado quando você passar na velocidade certa!
12 - Velhos adoram casas lotéricas e ruas movimentadas!
13 - Cães sempre fogem pro lado onde tem motoqueiro!
14 - Ciclistas por serem mais saudáveis resistem melhor a acidentes, talvez seja essa a explicação para o fato de que eles sempre vão atravessar na sua frente!
15 - Segunda-feira, 15h é o melhor horário pra se andar a 20 km/h na principal via do centro da cidade!
16 - Mulheres apenas repetem as barbeiragens que seus maridos fazem!
17 - Estacionar o carro perto de onde você quer é mais difícil que ganhar na mega-sena sem jogar!
18 - Rótulas são terras sem lei!
19 - A lei do mais forte não funciona nelas
20 - A lei do mais rápido também não!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Me amem, eu preciso ser notado!

Estava sentado no sofá da sala procurando algo interessante para ver na televisão(existem sim programas interessantes, o problema é que você nunca os verá na Globo e em horário nobre) quando me defrontei com um programa na MTV Brasil, o qual estava mostrando uma matéria sobre redes sociais.
Confesso que apesar de ser um usuário(mínimo, mas sou) não sou um grande fã de tais conglomerados de imagens, tanto que grande maioria das redes que eu possuo foram criadas quase que por imposição de alguma pessoa/situação(te odeio Andrei), mas, cá estou no mundo virtual e esse não é o foco do meu texto de hoje!
A matéria do tal programa me chamou a atenção pelo grande número de redes sociais que vêm surgindo, também pelo fato de que hoje em dia elas parecem ser quase que uma "alma", pois quem não as tem é imputado de um sentimento de "exclusão" de um "mundo virtual" que não existe, outro fato que achei relevante também foi o fato de que muitas dessas redes têm conteúdos quase "automatizados", ou seja, produz-se muito menos cultura nelas.
Porra, por que motivos eu preciso de algo que diga para pessoas que eu mal conheço(muitas sequer vou conhecer) onde estou, o que eu fiz, por que eu fiz, o que eu comprei e adjacências?
Mostrar opiniões e produções na internet é uma idéia que muito me agrada, esse é o motivo de eu ter criado esse blog, mas noto que as pessoas estão sedentas por um sentimento de idolatria que beira a idiotice!
As pessoas estão utilizando a internet como um meio para se sentirem "desejadas", "importantes" e coisas do gênero, ora, se não fosse por esse motivo por que formspring, orkut e adjacências fariam tanto sucesso?
Não tenho necessidade de informar aos outros o que faço ou deixo de fazer, a vida é minha e só quem se importa com ela sou eu!
A internet surgiu para difundir conhecimento, e esse mérito ela ainda tem e com o adventos das bandas-largas, das novas tecnologias de interação homem-máquina e com a sempre insubstituível criatividade humana ela está cada vez suprindo mais e melhor essa lacuna, em contrapartida estamos mergulhando num mar de lixo, onde cérebros atrofiados se misturam com almas vazias e egos inflados.
Minha rede social se chama "Amigos", minha plataforma de desenvolvimento se chama noite e meu software se chama "Boas idéias e boas cervejas". Siga-me, se conseguir levantar da cadeira!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Rock'n'roll cabeçaaaaa!!

"Diga espelo meu, se há na avenida alguém mais feliz que eu... A minha alegria atravessou o mar, e ancorou na passarela..."
Sim, venho postar mais alguns esboços de consciência(acho que ainda tenho uma), no clima dessa que é a festa mais chata do ano pra alguns, época de liberar os desejos mais reprimidos e imaturos para outros, enfim, esse grande feriadão que é o carnaval.
Meu carnaval foi divertido, em todos os dias que saí pra comemorar (o que?) tive a presença ímpar de meus amigos, e unidos conseguimos superar as alguras audio-visuais dessa data que de mágica só tem os 2 dias sem trabalhar.
Já briguei muito com esses 4 dias de total non-sense que invadem a cabeça da nossa incauta população (e o bolso também), mas após alguns exames de consciência e algumas experiências inesquecíveis acabei meio que "respeitando" esse senhor idoso e pirado que nos ataca todo ano.
Não é necessário nadar contra a maré, com um pouco de criatividade, amigos músicos e areia conseguimos fazer um carnaval divertido, sem sofrer a tortura de axés e adjacências. Esse ano foi um carnaval diferente para mim, pois o atravessei totalmente sóbreo e vi que apesar de o álcool ser um grande companheiro de festa quem sempre dá o tom da diversão são as amizades.
Não vou escrever mais um texto de sociologia aqui falando sobre a "alienação do povo" nessa época ou falando sobre a via crucis que é pra alguém que gosta de "maluco belezices" aguentar esses 4 dias de lixo engolido, mas aprendi que brigar com a vida nem sempre é a melhor alternativa.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Homo (IN)Sociabilis

Todos nós (ou pelo menos uma boa parte) conhece algo sobre a Teoria da evolução das espécies. Conhecemos também toda a teoria de que o homem surgiu do macaco, que o fato de termos consumido tutano em tempos remotos e que o fato de termos desenvolvido o polegar oponível nos diferiu dos outros primatas e fez com que chegássemos a um nível mais elevado de consciência.
Mas, em contrapartida á toda essa parafernália científica ainda somos os animais que mais dependem de outras espécies para sobreviver, ou seja, somos os animais mais evoluídos do nosso reino mas nossa evolução não nos trouxe independência.
Somos animais, e tal qual os outros seres vivos estamos inseridos dentro de um habitat, o qual demos o nome de sociedade.
Segundo Marx, sociedade é um conjunto de indivíduos que devido ao fato de não serem independentes dentro de seu habitat criaram uma espécie de "elo" que faz com que cada um use de suas habilidades para assim de modo cooperado fazer com que esse habitat forneça os suprimentos necessários para nossa sobrevivência.
Se analisarmos com mais consistência a "sociedade" dos outros seres vivos vamos chegar a conclusão de que por mais que nós evoluímos mais que os outros animais eles conseguiram chegar a um ponto de vida totalmente sustentável, pacifista (em alguns casos) e cohabitam totalmente sociabilizados, muito diferente de nós humanos.
Nossos ancestrais indígenas são a prova viva e atual de que seres da nossa espécie, com todas as nossas características podem sim viver num ambiente sem degradá-lo, e que apesar do fato de o ímpeto humano ser sempre a mais forte das leis é possível sim habitarmos um ambiente em sociedade e de modo livre e pacífico.
Nós "homens brancos" ainda não conseguimos nos tornar totalmente sociáveis. Muitos de nós necessitam de outro de nós exercendo um papel de "chefe" devido ao fato de que estamos habitando a terra há milhares de anos e ainda não temos independência e caráter para que possamos viver sem nenhuma legislação que nos diga o que devemos e não devemos fazer, o mais interessante disso é que a grande maioria desses problemas provém do fato de termos muitos instintos "animais" dentro de nós, coisa que deveríamos ter superado em todos esses anos de evolução e que os nossos ancestrais conseguiam conviver e dominar completamente.
Índios não têm chefes, não têm legislação, religião declarada e muito menos estado controlador.
Portanto para todos aqueles que acham que estamos num modo avançadíssimo em relação ao mundo e aos seres que o habitam esses mesmos devem lembrar que ainda temos que dar um passo enorme em relação á nossa evolução, e esse passo todos os outros seres da terra já deram, apenas nós com nosso orgulho e "inteligência" ainda somos Homo Insociabilis!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O homem e seu ópio.

Começo escrevendo esse texto sob a batuta da raiva que me acometeu após saber através de um portal de notícias que um grupo de religiosos está enviando ao Haiti bíblias em formato de audio, as quais são carregadas através de captadores de energia solar que estão embutidos dentro de seus aparelhos.
"Seria cômico se não fosse trágico"; Já me esqueci do autor dessa frase, mas acho que cabe bem nessa situação.
Vamos fazer uma pequena pincelada sobre a atual situação do país: um terremoto de 7 graus na escala de Richter (que vai até 10, mas não existem registros de abalos dessa magnitude) destruiu o país mais pobre da América Latina. Os que não morreram nos abalos estão morrendo por falta de insumos básicos como água e comida, a rede elétrica está inativada desde os eventos e um grupo de religiosos(os quais deveriam se preocupar em garantir a vida do próximo) vão ajudar seus irmãos do modo mais inútil!
Podemos levar em consideração que a bíblia é um ótimo livro de auto-ajuda, e isso é fato, mas se o corpo está fraco a alma padece junto. Pessoas não se alimentam de boas intenções. Palavras bonitas não curam doenças nem matam fome e sede.
Como é que alguém pode acreditar que o Deus pregado pela bíblia é bom e ajuda os pobres se enquando o país mais mazelado da América Latina chora a perda de 75.000 cidadãos(mortes contabilizadas) o país mais rico do mundo sequer sofreu um vento acima da média?
Como podemos nos prender e nos humilhar diante da idéia de um ser que se julga nosso "Pai" mas não defende seus filhos?
Estamos acostumados com um pensamento que diz: "se deus quis assim é porque ele sabe o que é melhor para nós!". Perder 75.000 vidas é algo bom? Quais os motivos nos obrigam a ver uma tragédia dessa e sequer não nos darmos ao luxo de perguntar o porque disso?
A bíblia não salva. Muito pelo contrário, ela nos ensina e sermos neutros no mundo. O pensamento religioso tira todo o nosso poder de reação e subjuga os que tentam pelo menos buscar esclarecimento sobre certos acontecimentos ditos "normais e planejados".
O Haiti não precisa de bíblias. O estado não vai retomar a economia lendo salmos e rezando pais-nossos, muito pelo contrário, só o conhecimento ajudarão o país a se reeguer, assim como aconteceu com o Japão após a segunda grande guerra.
Conhecimento traz liberdade.Liberdade traz crescimento.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

My Way

Depois de um certo temposem postar no blog, resolvi que hoje ia tentar escrever algo útil (talvez útil apenas pra mim), mas então acabei topando naquele velho moto filosofal: "O que é útil?"
Talvez utilidade seja algo definido como "usável" ou algo que seja coadjuvante em alguma tarefa diária e / ou deveras complexa.
Partindo desse preceito, nãó temos como definir o que é útil, pois cada um tem seu cotidiano e necessita assim de ferramentas de utilidades diferentes para realizá-lo com mais praticidade.
Portanto a idéia de escrever algo útil aqui caiu por terra nesses dois primeiros parágrafos. Após pensar um pouco sobre as idéias esboçadas acima, meu querido cérebro chegou a uma conclusão bem ao meu estilo: "Foda-se, escreva o que tiver vontade!"
Existem milhares de assuntos que poderiam ser esboçados dentro desse espaço branco, mas gostaria de usar esse espaço o qual não tive que usar de muito esforço para conquistar (alguns cliques e uma conta no gmail) para divulgar idéias que sirvam para algo, pois de lixo bem empacotado a web já está cheia.
Estou lendo um livro muito bom (pela segunda vez) chamado "Ensaios sobre consciência e emancipação", esse livro tem me dado alguns argumentos para discussões que já vararam madrugradas e acabam chegando sempre num mesmo lugar.
Assuntos complexos como sociedade e cidadãos geram sempre discussões fogosas e argumentações ríspidas e longas. Essas são as minhas preferidas.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Somos o contrário do que queremos ser!

Li essa frase em uma revista de motivação profissional. Pode parecer contraditório (e realmente o é), mas depois de parar pra analisar ela acabei chegando a conclusão de que pelo menos no meu caso ela se encaixa perfeitamente.
Estou terminando um curso superior com um nível de dificuldade alto, tenho uma futura carreira que pode me lograr bons frutos, tenho uma família estável e uma situação financeira tranquila, mas parece que algo me falta.
Estava conversando com um amigo hoje e no papo ele estava me contando algumas de suas peripécias, tais quais porres homéricos, viagens sem rumo e outras coisas. Após conversamos vasculhei minha mente e descobri que não tenho grandes histórias desse naipe, pois sou um cara totalmente seguro e gosto de planejar as coisas antes de executá-las. Ao mesmo tempo que pensei isso senti uma vontade grotesca de fazer as coisas que ele faz, mesmo sabendo que isso destruiria toda essa "fortaleza" que eu estou criando.
Eu estou em uma situação a qual talvez esse meu amigo queria estar, e ele está em uma situação que eu gostaria de estar. Pra ele chegar no meu nível teria que mudar totalmente seus conceitos e pra mim chegar no nível dele teria que mudar totalmente os meus também.
É estranho saber que todos os planos que eu fazia no passado de conseguir ser um grande profissional não estão me satisfazendo, mas como Raul também preferia ser uma mertamorfose ambulante talvez essa minha idéia mude e eu aciete meu futuro...