segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Punhos cerrados.

Somente 2 sentimentos são verdadeiramente humanos, ou seja, nascem conosco e se desenvolvem com naturalidade desde que nascemos: amor e raiva.
Cheguei a essa conclusão hoje, pensando mais uma vez sobre minha vida e tentando manter os punhos relaxados devido ao maldito sentimento que insiste em tomar meus pensamentos. "Raiva do que?" pergunto-me, mas parece que a resposta nunca chega, portanto hoje constatei que raiva é tão forte e essencial quanto o amor.
Raiva é o sentimento que move as revoluções. Sentimento das massas. Sentimento que acomete tanto os doutores das leis quanto os plebeus que as seguem. Creio que se continuarmos com esse sentimentalismo insosso de "vamos mudar o mundo com paz" o mundo nuca vai ser mudado. A própria sabedoria popular já diz isso em um de seus ditados: "É preciso ficar ruim pra depois melhorar".
A única grande questão é que a raiva cega. Enquanto se está de punhos cerrados é impossível se sentir o aroma das primaveras, a beleza das estrelas e a candura do orvalho e das brisas que tocam nossa pele nos trazendo bons agouros e um leve refresco pras alguras do calor. Quando estamos com raiva brilhamos como o sol. O sol queima, apaga as sutilezas que só são vistas através da escuridão e da falta de sentidos. O sol encobre as coisas das quais precisamos abrir mão de nossos costumes para enxergar. O sol mostra apenas o que está visível, apenas a dura crosta que consegue suportar seu calor infernal.
Porém sem calor não há vida. O mesmo calor que torra a flor indefesa e a torna apenas um pequeno borrão preto é o que purifica o ouro e faz surgir dentre a sujeira e as adjacências impuras da nossa mãe terra uma pedra de brilho e valor imensuráveis.
Talvez seja por isso que muitas vezes a raiva se torna o sentimento mais puro do ser humano. Raiva é algo que já passou por muitas brasas, algo que traz para os que toparam sentir toda sua dor inebriante uma bonanza inestimável após esse maremoto de hormônios, e que faz com que todos que compartilham de um mesmo voto se unam e tornem seu brado mais forte.
Deve ser por isso também que amor engana e prega tantas peças. O amor é como a noite, traz para a vida o brilho das coisas que o sol apaga, mas também faz com que nossos sentidos se apaguem, nos fazendo guiar apenas por nossa própria força.
Ninguém consegue fugir do sol, assim como nem ele resistiu aos encantos da lua. Viver é uma delícia...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Preciso de... Cerveja?

Yeah, segunda-feira recebo uma ligação de uma tal de Geovana... Voz sexy... Deve ser mais uma daquelas que tem a voz desproporcional a fisionomia... Ou não... Porra, me querem em Floripa caralho...
Saio em disparada com o corsa "Ocre" em direção ao hospital para marcar minha viagem e fazer o estado pagar por ela. Nada mais justo para alguém que se ferra todo ano pagando impostos exorbitantes.
Terça-Feira as 3 horas da manhã. Porra, é muito cedo... Mas foda-se, assim eu posso curtir o alvorecer na ilha da magia.
É óbvio que nem dormi, deitei no ninho já havia passado da meia noite. Fechei os olhos e tentei me concentrar em rolar o mínimo possível na cama. Mas eu simplesmente não consigo.
Ouço o maldito galo do meu celular. Isso significa que são 2 da manhã e meu corpo precisa de duas coisas: banho e cafeína.
Tomo um micro-banho devido ao frio da madrugada, tomo uma quantidade de café preto que daria pra acordar um búfalo e vamos pra viagem. Confirmo mentalmente que tudo o que preciso está em meus bolsos. O que um homem precisa pergunto-me? Um mp4 player, grana na carteira e fones de ouvido. Yeah, I'm ready!
Achei que nos jogariam dentro de um ônibus velho e nojento, lotado de pessoas tossindo e conversando em um compasso irritante e frenético. Mas não... É um micro bem aconchegante e caracterizando-se semi-novo. Gostei disso.
Dizer que fui confortávelmente é uma mentira. Eu nunca fico confortável. Os veículos parecem ser fabricados para anões. Minha perna sempre está apertada. Segue o carro.
Chego em Floripa aproximadamente as 06:30. O motora tem o pé pesadão. Eu adoro isso, mas as outras pasageiras do carro parecem não concordar comigo. Atraco em meu destino.
Hospital gigante, muita estrutura e pouca informação. Caminho muito até achar o local onde deveria estar pois as pessoas simplesmente não sabem onde eu devo ir. Porra!
Consegui conversar com meu ortopedista. O tal tem uma cara de fanfarrão que me deixou muito a vontade. Médico sério, parece ser muito bom no que faz. Me mandam pro raio-x, e lá uma equipe somente de mulheres fazem o trabalho. Pra ser sincero estava tão concentrado no fato de estar com uma camisola azul ridícula que nem consegui prestar antenção nas moças. Vida de merda.
Volto pro consultório. Na sala de espera tento contato com uma garota muito bela que trabalha como estagiária de fisioterapia. As garotas da saúde são fascinantes. Contato feito. Muito simpática. Yeah, não sou tão ruim. Meu ego vai se rasgar de raiva.
Meio-dia. Pego o elevador pra subir para a saída do hospital e uma garota diz que lembra de mim no raio-x. Ela diz que eu sou o "cara da cueca preta que parace uma bermuda". Será que isso é bom?
Hora de comer alguma porcaria e voltar pro carro. Mas... Eu não quero voltar pras araras...Quero ficar por aqui porra!
A cidade é linda. No pequeno tour que fizemos buscando os outros passageiros a única coisa que não notei foi o tempo e a estrada. A paisagem da beira-mar norte é de tirar o fôlego.
Hora de voltar pra cidade das rótulas. Estou contabilizando minhas horas insones. Já estou ficando até meio tonto pela falta de sono. Tento cochilar, mas o máximo que consigo são uns 10 minutos. Porra, ficar com sono é foda.
Voltamos á BR. Chegamos em Araranguá. Estou em casa querendo dormir e lembrando que perdi uma prova de recuperação. Sabe de uma coisa, foda-se!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

I'm one that drives away from the sun.

Caralho, faz muito tempo que não posto nada aqui.
Bem, eu posso explicar os motivos: estamos de mudança e minha vida ainda se move entreduas residências e a qual estou agora estava sem sinal de internet desde quarta feira. Não vou dar mais detalhes. Não to com saco pra longas explicações.
Muita coisa aconteceu desde a mudança. Muita coisa mesmo. Saí do emprego, estou escrevendo meu bendito TCC, estou treinando mais minha voz, lendo mais, enfim um milhão de coisas daquele modo pirado que nortei minha existência.
Aconteceram coisas boas, aconteceram coisas ruins e hoje aconteceu uma coisa média.
Amanhã tenho consulta em floripa. Amo essa cidade. Mas querem me colocar na mesa de cirurgia, e nesse momento vejo 10 meses de estudo e trabalho sendo jogados dentro de um vaso sanitário e vejo uma mão que está prestes a puxar a descarga. De uns meses pra cá minhas dores estão mais intensas, e o que era apenas uma dor no quadril está se agravando pra algo insuportável no quadril e no joelho. Ah, foda-se!
Nesse momento muitas coisas passam pela minha cabeça. Muitas coisas. Pensamentos bons e ruins. Parece que minha cabeça virou uma panela de pressão a qual está fervendo milhares de assuntos duros e insolúveis. Não sei se3 a receita dessa panela possui um empero saudável, ou se o resultado desse processo vai gerar um bom alimento. As vezes parece que tudo está certo e eu estou errado, mas as vezes constato que é o contrário também.
Eu quero seer a ilusão que te alegra durante a vida toda. Boa essa frase. Ouvi numa música.
Então, é nessas horas que acabo tendo que concordar com Ben Harper e dizer que a felicidade verdadeira é ter asas, pois tomar cerveja e sair pra fazer não mais entorpecem minha cabeça. Mas eu sempre sobrevivo...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

News from Nowhereland.

Yeah, reuni forças pra atualizar o blog. Acho que não o fazia a alguns dias. Então, muitas coisas aconteceram durante a semana. Muitas coisas mesmo.
Estamos nos mudando pruma casa "intermediária" até que nos aloquemos no novo terreno. Enfim fugiremos do inferno dessa rua barulhenta. Ponto pro Byff!
Essa semana tive que pedir afastamento do trampo. Meu TCC tá super atrasado. Meus trabalhos estão super atrasados. Minha vida está super atrasada. Porra!
Vou ficar só alguns dias parado, por mais incível que pareça eu odeio ficar sem nada pra fazer. Sou uma pessoa extremamente volátil ao tédio. E o tédio me faz pensar em coisas estranhas.
Acho que meus níveis de stress estão baixando, já não estou mais dando socos na parede ou xingando meu computador. Falando nele, formatei-o hoje e perdi muita coisa importante. Muita coisa mesmo.
Amanhã vai ser meu primeiro dia sem trabalhar. Uhul \o/
Não sei se foi uma decisão correta. Acho que foi. Meu TCC vai ficar fodão.
Cara, estou com uma vontade louca de fugir pelo mundo. Como é foda essa sensação de frustração que me persegue. Porra, eu nem sei o motivo dessa merda.
Fui no show dum cover do Renato Russo. O show foi muito ruim. Se fosse um cover de qualquer outro cara eu provávelmente não teria ficado até o final.
Meu olhar continua fitando o vazio. Mas se foda, isso é normal.
Semana cheia baby, amanhã não tenho aula. Mas na quarta o bixo vai pegar.
To sem inspiração pra escrever hoje. Acho que a mudança não vai me fazer bem.
Devo ter esquecido der algum fato legal que aconteceu, mas deixa pra lá.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

People = Shit!

Inicio essa postagem com um título que acho injusto. Mas nada traduz melhor meus pensamentos do que essa frase. Durante o post vossas senhorias irão compreender meus motivos. Pra começar com o pé direito. Porra!!!
Faz alguns dias que não posto por falta de tempo. Tempo... Artigo de luxo pra uns, senhor sádico para outros. O tempo anda passando depressa. Ou será que preciso gastar meu tempo com quem faça ele se engatinhar? Perguntas...
Enquanto escrevo estou ouvindo uma música duma banda de Brasília chamada "Móveis Coloniais de Acaju". A música se chama "O tempo". Ótima letra.
Mas vou esplicar-lhes o motivo de tamanha falta de crença no ser humano.
Domingo pela manhã demos falta de nosso gato de estimação. Todos sabem que gatos costumam "fugir" de suas casas, então tudo parecia normal até que saímos para procurá-lo e acabamos por descobrir por intermédio de um vizinho que o gato havia sido "levado" por uma menina.
Ok, passou o Domingo. Na Segunda-Feira começamos a fazer ações afim de achar o felino, resultado, no mesmo dia a tarde, um senhor(provavelmente pai da garota que roubou o animal), aparece na porta da nossa casa perguntando "quanto pagaríamos pra ele trazer o gato de volta".
Ou seja, temos um vizinho de merda que viu o gato sendo levado e não fez nada para evitar o delito e um malandro de meia idade que praticamente sequestrou nosso animal de estimação.
É óbvio que minha vontade foi de partir o rosto do cara no meio, mas ele tinha idade pra ser meu pai, e o pior, estava acompanhado de seu filho, o qual já deve achar isso uma coisa normal e provávelmente vai ter a mesma mente do pai.
Vivemos numa sociedade de valores invertidos, onde pessoas se utilizam da falta de condições(não é uma opção delas mas também não fazem nada para mudá-la) para justificar crimes e ações totalmente na contra-mão da sociabilidade.
Não vou me prolongar muito na discussão dessa idéia pois isso dá face á várias interpretações, e também pq minha cabeça está explodindo e eu to de saco cheio de coisas ruins.
Hoje descobri que minha voz não é tão ruim assim =]

domingo, 4 de outubro de 2009

Sunday, bored Sunday.

Mais um final de semana. Adoro aquele "cheiro" de sexta-feira quando chego da faculdade. Meu final de semana foi normal. Mas apesar de ser normal gostei muito dele.
Meu sábado começou com a falta de vontade de ir na reunião da empresa, resolvi que merecia dormir um pouco mais. E realmente merecia.
Termina-se a manhã de sábado. Nada muito difícil pra se fazer. Aquela sensação de desespero ainda se abate sobre a sala de trabalho. Acho que maus agoros estão sendo emanados. Mas foda-se!
Porra, tenho muita coisa pra fazer hoje. Muita coisa mesmo. Meu sábado vai ser bem cheio. Acho que já me acostumei a chegar no final de semana com tanta coisa pra fazer. Adoro viver assim, mas já estou ficando cansado de não ter tempo pra mim.
Tarde corrida, faço um milagre no hd pra recuperar meus trabalhos, começo loucamente a escrever meu priomeiro capítulo do meu terrível algoz. O TCC.
Vou dar uma volta com os guris pra relaxar. 2 festas pra comparecer a noite, que promete ser divertida. Hoje estou empolgado pra sair. Espero que os outros também.
Resolvo ir ao barbeiro cortar meu cabelo e aparar o cavanhaque. Quero passar a gilete mas ainda não tenho coragem.
Tarde no final, hoje escrevi bastante. Cansado mentalmente. Vou começar a mover meus contatos para a noite.
"Putz minha morena, não vou poder sair com vocês hoje!". "Beleza cara, saio de lá meia noite e vou pra tua casa!". "Ok brother, levo minha viola sim!".
Vamos para a casa da Mi. Churrasco com a galera do ônibus. Muito bom. Tenho amigos excepcionalmente divertidos e amigas irrefutávelmente lindas. A Mi dança super bem. É um perigo se entregar aos movimentos cadenciados dessa pequena morena.
Piadas, histórias... Um futuro Engenheiro, um futuro Professor de Geografia e um Programador perdendo pruma churrasqueira. Épico!
Estar com os amigos é o melhor que um homem pode fazer pra se divertir.
Meia-noite... Bora pra festa do Pingo. Rolando altas cantorias. A galera não está embriagada. Estranho isso...
Ficamos conversando sobre histórias dos tempos de colégio. Isso sempre rende boas risadas.
Pingo vai levar sua amada pra casa enquanto vamos embora. Porra Júnior, vamos dar uma banda por aí. A cidade já morreu. Vou pra cama.
Dominguera. Acordo a tarde já com fome e vontade de ir ao banheiro. Não estou de ressaca é claro, ontem foi noite sóbrea.
Mato a tarde vendo filmes na net, traduzindo textos. A Tábata me liga... Minha bela não vai dar pra tocar hoje... Mas vamos dar uma volta mais tarde?
Banho, sinto uma vontade louca de dar um soco. Soco na parede. Mão machucada.
7 horas, parto em direção ao centro. Passo na casa da Jaque e vamos pro centro curtir o nada que essa cidade oferece. A Jaque é linda...
Ligo pra Tábata, prometi que íamos dar uma volta então vamos dar uma volta. Curtimos um pouco o centro mas resolvemos ir pra "meca" do rock em Aararanguá. O bar Central.
Boca me avisa que tem festival no teatro. Bora pra lá porra!
Banda de Reggae, banda de Emo Core. Sobe a Gangrena. Puta show. Gostei pacas.
10 horas, hora de ir pra casa. Estou tão bem acompanhado por minhas morenas que por mim passaria a eternidade lá. Mas a vida é muito cruel. Let's go to the house.
Me despido (tá certo??) da Thábata, levo Jaque pra casa. Hora de rumar pro ninho.
Amanhã é mais uma Segunda-Feira... Grudenta... Com cheiro de cigarro... Mas a vida é cruel...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Strawberry fields forever.

"Cara, já é sexta-feira..."
Semana conturbada, cheia de altos e baixos. Me embriaguei como a muito não fazia, senti uma dor de estômago tremenda como a muito não sentia... Enfim... Foi uma semana cheia como a vida deve ser e como minha vida é.
Tive duas provas, acho que fui bem em ambas. Meu computador estragou de vez e algo me diz que tudo o que desenvolvi pro meu TCC está pertido nos intocáveis gigabites que por hora se corromperam (tal qual seu usuário) e botaram meus queridos capítulos correlatos dentro de um buraco inacessível. Porra!
Hoje o dia foi leve. Mas leve de uma leveza que dá medo, pois as coisas na empresa não estão indo nada bem e sinto que esse chute vai estourar em nossas nádegas em um curto espaço de tempo. Quem permanecer sentirá.
Estou vivendo uma guerra, segundo uma amiga, entre meu superego e minha id. Id?? Superego? Fodam-se todos.
Hoje ouvi duas músicas novas da Velhas Virgens. Animal. Esse novo álbum vai vir com força total.
Olimpíadas no Rio de Janeiro. Ótimo, isso aumenta a moral do povo. Mas o Brasil ainda é uma piada, e o que vai ser desviado de dinheiro com essa porra de jogos Olímpicos vai ficar na história. Vai ser épico ter jogos olímpicos aqui, assim como estão sendo épicos os níveis de violência e pobreza na cidade maravilhosa. Fodam-se eles.
Minha cabeça está oscilando entre momentos de dor e de bonanza. Será que estou aprendendo a me controlar? Será que meu ego está se desinflando? Sem ele eu sou apenas mais alguém na multidão. Essa idéia a muito tempo atrás era quase minha meta, hoje não consigo mais conviver com a idéia de ser só mais um no meio dos outros.
Sabe, acho que estou gostando de alguém. Esse alguém eu já conquistei. Mas esse alguém parece querer tornar o jogo muito complexo. Não sei o motivo, mas eu sempre estou procurando a coisa mais difícil. Não deveria, pois deveras estou sozinho, mas parece que o fácil não mais me atrai.
Será que realmente minha sina é me perder por tudo o que é belo?