segunda-feira, 11 de abril de 2011

Para se cantar...

Para se cantar uma mulher,
Há de se tornar, primeiro um coração,
Encher seus versos de palavras doces, pitanga, flor e lis,
Há de se riscar sobre todas as bordas, um coração com a ponta de um giz

Para se cantar uma morena,
É necessário de tudo, ser atento, ser astuto,
Abraçar as palavras em sentido e em verso,
Tirando das notas, seu bravejar, intenso e oculto

Há de se fazer menino, garoto, moleque,
Navegar dentre as entranhas de seus lábios,
Queimar sob o sol de sua ausência,
Sorver cada gota de mulher, cada átomo, cada essência

Hei de morrer em seus braços,
Feliz tal qual o mar sob e a lua,
Hei de padecer por seus lábios, morrer em cada carícia,
Morar em suas curvas, ler seus pensamentos, sorrir suas malícias.

Navegar nos mares de pele e calor,
Arrepiar-lhe cada pedaço de pele, exaltar seu rubor
Tocando a alma, olhando em seus olhos, seu norte, seu guia
Cantando morenas, hei de saborear meu dia.

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