sexta-feira, 12 de março de 2010

Ao sol, com carinho...

Tu que és o astro rei
Aurora de amores que emana calor
Das retinas noturnas, teu jugo é veneno
Das almas da noite tu tiras o fervor

Teu calor insano que banha nossos corpos
Reveste nossa alma e esboça alguma vida
Da candura da lua tu és o oposto
Entortas as sombras das idas e vindas

Tu que queimas a terra do sertanejo isolado
Transformando planícies em vastos areais
Deixando os caboclos de fome e sede loucos
Criando imagens de todas irreais

Não vejo em tuas cores o brilho das estrelas
Não emanas em meu corpo a doçura morena
Maior que a lua que teu calor amena
Preciso mais dela de que tua alma crua

Trazes a amargura do homem rejeitado
Não te encontras com o astro de estrelas adornado
Morres esbravejando tua fúria intensa
Quisera eu ter a lua sempre ao meu lado.

Um comentário:

  1. Pra quem quase nunca se aventura a escrever poesia, até que foi bem. Lembrou um pouco Olavo Bilac, pelo rebuscamento no início. Mas nada que um pouco de prática e mais subjetivismo não resolvam ^^

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