Acabei de chegar em casa, estávamos eu e meu time titular (sem a centro-avante Jaque que por motivos ainda não explicados nos deixou desfalcados) zanzando por essa cidade interiorana, como diria Paulão "de bar em bar pela noite / atrás de cerveja e mulher (exclua a thábata dessa segunda estrofe)"!
Essa semana foi especial, consegui terminar meus 5 anos de calvário e enfim já posso me considerar um formado, porém desde ontem uma idagação me tomou a cabeça e está produzindo pensamentos complexos e temerosos, essa indagação é muito simples, tão simples que me causa medo, "e agora?"!
E agora Diogo, o que você fará de seu futuro?
Futuro, esta é uma palavra que sempre me traz um sentimento de insegurança animal, talvez seja um pouco de exagero de minha parte, mas pensar no que virá é algo que além de impossível é um ato totalmente paranóico!
Me sinto como um soldado paraquedista que está prestes à fazer o seu primeiro salto sozinho.
Ele sabe o que fazer, sabe todos os procedimentos e a sequência dos mesmos para executar um salto perfeito e continuar vivo, mas falta nele algo que a teoria não define nem explica.
E se o pára-quedas não abrir?
E se na hora do salto a descarga de adrenalina o fizer esquecer os procedimentos?
Nós somos animais muito mal domesticados. Nós aprendemos a não agir por nossos instintos, sempre dependendo de um objeto exterior, seja esse um livro, um computador, uma pessoa ou uma garrafa de uísque.
Gabriel - O pensador - em seu álbum "quase um vício" escreveu uma música chamada "tem alguém aí?", música essa que traz a seguinte frase em uma de suas estrofes: "Ninguém prepara o jovem, nem os pais nem a tv, pra botar o pé na estrada e não se perder / Ninguém prepara o jovem pra saber o que fazer, quando bater na porta e ninguém atender/"!
Eu estou prestes a pular, e se me conheço bem tenho certeza que não vou prestar atenção nas intruções, muito menos me esforçar em lembrar os protocolos, e por isso tenho grandes chances de me espatifar no chão antes mesmo de lembrar qual corda deveria puxar, mas é meu instinto, por mais que eu tente moldar isso esse isso sou eu!
Encerrei um ciclo, são 5 anos de uma rotina estressante, porém deliciosamente divertida, espero poder contar com os meus bons e velhos amigos para assistirem meu salto de cima de uma nave ultrapassando a barreira do som, porém, se algo faltar em mim, peço que no meu velório coloquem uma garrafa de Heineken dentro do meu caixão... E que toquem "Paradise City" no meu enterro!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOra pois, quanto desespero enclausurado num homem só!
ResponderExcluirÉ, está mais do que na hora de pensares nisso, ainda mais agora, que só faltam 6 meses para a grande decisão. Se tu cair, estaremos lá pra te ajudar a levantar e tentar de novo. A vida é sempre uma grande incógnita, uma página em branco, com o verso escrito, mas sem a possibilidade de saber o que vai acontecer na próxima página se escrevermos algo ou, simplesmente, deixar em branco. Mas não preciso dizer o que tu já sabe. Tu tens um foco, o que já clareia bastante o teu caminho. Agora só falta pesquisar as áreas que tu comentaste ontem e te especializar ainda mais.
Teu texto, apesar da angústia (grudada feito sebo em cozinha velha), tem ritmo e não fugiu nenhuma vez do assunto, concluindo da mesma forma como tu começou, sem ser repetitivo. Tirando uns e outros erros de português, ficou interessante e poderia até virar crônica de jornal, alterando alguns nomes das 'personagens' envolvidas.